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O Coimbra Tech Challenge (CTC), um programa inovador a nível nacional, que decorreu de 19 a 23 de outubro, em Coimbra, encerrou com enorme sucesso, consolidando a cidade como um centro competitivo de excelência para a inovação, deep tech, empreendedorismo e criatividade internacional.
O evento foi organizado pela Câmara Municipal de Coimbra (CMC), pelo Instituto Pedro Nunes (IPN) e pela empresa americana Impact. Teve o apoio de empresas nacionais de destaque como a Brisa, Visabeira, Morais Leitão, Noesis, NOS, Santander e Semapa, que suportaram as despesas das startups convidadas. Cumpriu a meta de fortalecer o ecossistema de inovação local, atrair talento e posicionar Coimbra como um polo tecnológico internacional.
O CTC afirma-se como um ponto de encontro estratégico, visando atrair e fixar startups internacionais promissoras no espaço da União Europeia, posicionando Coimbra como a sua porta de entrada e desenvolvimento preferencial.
Todos os anos há muitos milhares de startups que entram na União Europeia para terem melhor acesso ao enorme mercado europeu. O objetivo é que Coimbra passe a ser referenciada e escolhida por algumas delas. Nesta primeira edição, dedicou-se particular atenção a Israel, o país com a maior densidade de startups inovadoras do mundo, de onde, todos os anos, saem inúmeras empresas para se instalar em diferentes países europeus. Na próxima edição espera-se dirigir a atenção para a Índia.
Este evento representa ainda uma mudança de paradigma fundamental na estratégia de atração de empresas de perfil internacional para a cidade. Historicamente, a instalação de novas empresas em Coimbra baseava-se numa lógica reativa, em que as instituições respondiam às empresas que tomavam a iniciativa de contactá-las. Com o CTC, este modelo é invertido, adotando-se uma abordagem proativa na identificação e captação de empresas internacionais e inovadoras que se encaixam no ecossistema local e que são convidadas a considerar a cidade para se instalar.
O formato adotado para o CTC segue o modelo de imersão intensiva que tem sido a marca distintiva de dezenas de eventos de ideação e aceleração realizados pelo IPN. Nesta metodologia comprovada, as empresas e projetos selecionados trabalham intensamente em sessões privadas e focadas, garantindo o contacto direto e continuado com uma rede de mentores especializados e empresas alumni dos programas do IPN. Esta abordagem de imersão e mentoria personalizada é crucial, pois permite um feedback imediato e a cocriação de estratégias de desenvolvimento da sua atividade, maximizando as hipóteses de fixação das startups no ecossistema de Coimbra. O sucesso final deste programa será aferido a médio e longo prazo de acordo com a instalação destas ou outras empresas do género em Coimbra.
A adesão ao Coimbra Tech Challenge superou as expectativas, com cerca de 100 candidaturas de startups de diversas áreas do globo. Os setores mais representados incluíram a Sustentabilidade (29%), Saúde (13%), Mobilidade (11%), Energia (8%), Indústria 4.0 (7%), e Tecnologias e Telecomunicações (7%). Um júri internacional constituído por personalidades ligadas às tecnologias, saúde e inovação, selecionou as 11 empresas mais promissoras e cujo perfil se adequava mais ao que a cidade e o ecossistema tecnológico tinham para oferecer.
O Presidente da Câmara Municipal, José Manuel Silva, considera que "Estamos a construir um novo tipo de ecossistema – um que reforça a identidade natural e histórica de Coimbra como capital intelectual e como um polo de inovação orientado para o futuro," afirmou. O Presidente da Direção do IPN, João Gabriel Silva, acrescenta que a iniciativa é um "catalisador para ideias que podem elevar o melhor do que se faz em Portugal, em cooperação com outros inovadores globais, para ter um impacto transversal". Quanto mais internacional for o ecossistema do IPN mais as startups nacionais ficarão capazes de competir internacionalmente".
Os participantes beneficiaram de uma agenda intensa e diversificada, que incluiu workshops, palestras, sessões de networking e de pitching, realizadas em diversos pontos emblemáticos da cidade. A escolha de locais como a Câmara Municipal de Coimbra, o Pavilhão Centro de Portugal, o Convento de São Francisco, o Instituto Pedro Nunes e o Pátio da Inquisição (num novo espaço especificamente preparado para este disruptivo conceito), complementada com visitas à Universidade e ao centro histórico, serviu para demonstrar a qualidade e diversidade de infraestruturas disponíveis, bem como a riqueza do contexto histórico e cultural que a cidade oferece às empresas que procuram instalar-se em Coimbra.
Esta iniciativa insere-se na estratégia designada "Baixinova", uma nova marca registada que casa Baixa e Inovação, de criação na zona histórica da cidade de condições particularmente atrativas para a instalação destas startups vindas de fora, mas também de dentro, num contexto de resposta global de atração de empreendedores e suas famílias.
O vídeo promocional "
Baixinova" (
https://www.youtube.com/watch?v=JKeRveTjqSk), previamente desenvolvido num processo específico, num enquadramento estratégico integrado e de futuro, foi produzido com o intuito de ser divulgado globalmente, demonstrando a capacidade tecnológica da região e o alinhamento único entre a academia, o município, o passado histórico e o futuro de Coimbra. Destaca as condições ideais da cidade e da Baixa de Coimbra, incluindo a qualidade de vida, o custo de vida mais acessível, em comparação com Lisboa ou Porto, a centralidade, a alma e a cultura de Coimbra, como vantagens consideráveis para um empreendedor ou uma equipa.