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O projeto europeu ROSIA – Remote Rehabilitation Service for Isolated Areas, do qual o Instituto Pedro Nunes faz parte, concluiu a sua fase-piloto, validando soluções digitais de telereabilitação que melhoram o acesso a cuidados de saúde em regiões rurais e geograficamente isoladas da Europa. Mais de 100 doentes em Espanha, Portugal e Irlanda participaram nos testes das plataformas Rehabilify e RAISE, beneficiando de percursos personalizados de reabilitação adaptados a diferentes perfis clínicos, como lesão medular, traumatismo craniano grave, doenças respiratórias e cardíacas, lesões do joelho e AVC.
A avaliação centrou-se na eficácia das plataformas em apoiar doentes e profissionais de saúde, demonstrando como estas ferramentas digitais podem oferecer cuidados personalizados com acompanhamento profissional, melhorar a acessibilidade e garantir a continuidade dos cuidados em contextos geográficos isolados.
Coordenado pelo Instituto Aragonés de Ciencias de la Salud (IACS, Espanha), o ROSIA envolve 12 parceiros de 5 países, entre os quais o IPN, e é financiado pela Comissão Europeia através de uma iniciativa de Pre-Commercial Procurement no valor de 5 milhões de euros. O projeto decorre desde 2021 e termina em dezembro de 2025, tendo como objetivo desenvolver uma plataforma integrada e inteligente de telereabilitação, capaz de integrar aplicações e dispositivos de monitorização em tempo real e de gestão de dados clínicos.
Para a fase-piloto, o projeto selecionou duas soluções inovadoras: Rehabilify, liderada pela Fundació Eurecat (Espanha), e RAISE, liderada pelo CERTH (Grécia). Estas soluções foram depois validadas em ambiente real nos sistemas de saúde da Aragón Health Service (Espanha), na Unidade Local de Saúde de Coimbra (Portugal) e no National Rehabilitation Hospital (Irlanda).
Nos próximos meses, o projeto irá concentrar-se na análise da viabilidade de uma adoção mais alargada destas soluções por outros prestadores de cuidados de saúde na Europa, bem como na definição de estratégias para garantir a sustentabilidade e escalabilidade das inovações desenvolvidas.
O ROSIA representa um passo significativo na transformação digital dos sistemas de saúde europeus, alinhando-se com as metas da União Europeia para uma saúde mais sustentável, equitativa e centrada no doente.