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O Instituto Pedro Nunes (IPN) integra o projeto "A Proactive Approach to the Recovery and Recycling of Photovoltaic Modules" (APOLLO), financiado pela União Europeia com um investimento de mais de 5,3 milhões de euros. Este projeto marca um avanço significativo no setor fotovoltaico rumo a práticas mais sustentáveis e circulares, com potencial para transformar os métodos de reciclagem de painéis solares.
O APOLLO, parte integrante do programa Clima, Energia e Mobilidade da Agência Executiva de Inovação e Redes da Comissão Europeia (CINEA), tem como objetivo principal reformular as práticas atuais de reciclagem de painéis solares, delineando o caminho para uma indústria fotovoltaica mais eficiente e sustentável.
Este projeto, liderado por um consórcio composto por 13 parceiros de universidades, centro de tecnologia e inovação e entidades industriais de 8 países europeus, sublinha o compromisso da União Europeia em promover princípios da economia circular no sector das energias renováveis, e visa abordar o desafio emergente da reciclagem de painéis fotovoltaicos em fim de vida útil, através de processos automatizados e economicamente viáveis.
O IPN, como membro do consórcio, vai desempenhar um papel fundamental no desenvolvimento de um método escalável para avaliar a composição do vidro na linha de reciclagem de painéis fotovoltaicos, contribuindo assim para a eficiência e eficácia do projeto na recuperação de materiais de alta qualidade.
O APOLLO tem como objetivo desenvolver e comercializar a reciclagem de resíduos fotovoltaicos como um método de alta qualidade e elevado lucro, que permite a recuperação de materiais valiosos para utilização em novos módulos fotovoltaicos. A estratégia global do projeto combina técnicas de reciclagem do passado com ideias para estratégias de produção futuras e métodos de reciclagem inovadores de forma a maximizar a recuperação de recursos e reduzir o impacto ambiental.
Uma das principais metas é estabelecer uma linha-piloto capaz de processar 40 toneladas de resíduos fotovoltaicos, resultando na produção de 1 tonelada de silício remanufaturado e 30 novos módulos fotovoltaicos. Além disso, o APOLLO pretende ser pioneiro na implementação de Passaportes Digitais de Produto (DPPs) baseados em Blockchain para componentes fotovoltaicos, aumentando a transparência e rastreabilidade ao longo do ciclo de vida do produto.